quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Para que andar se posso voar?

Sou eu e tu que voamos, e tu nem sabes… nem tão pouco quem eu sou.
São sonhos, dirás…
Deixa-os para trás, vive a realidade do sonho. E voa! Voa. Digo-te!
À noite fica mais complicado conseguir bater as asas. Procuro nas tuas palavras a estrela que me faz brilhar. Procuro-a no teu olhar, no teu sorrir e só aí consigo ter força para levantar voo…
Bate palmas. Batam palmas. Marquem a compasso o ritmo da música, alternado com a voz de quem quer gritar baixinho… e sempre afinada. Com quem canta “TURN, TURN TURN”.
Nunca dizes, nunca dirás, que tens medo de voar… mas ainda não saíste do chão comigo…
Estou a reparar e nem consegues disfarçar, embora tenhas um dom confuso que nem tu própria sabes que o tens. Já sabes quem sou?
Continuo então a falar de mim, do dia, do fim de tarde, do jardim, dos óculos que escondem os medos expressos nos meus olhos. Leste-me agora? Já entendeste?
Deixo o sol entrar pela luz dos teus cabelos, prolongo a vontade de ficar moreno só com o teu brilho. E canto. E canto, sabes?
Pois, talvez não saibas.
Não me ouves cantar da mesma forma que não voas comigo. E tanta falta me faz que voes também comigo.
Muda.
Vá muda… Como uma música dos Train, James ou algo do género.
Vou continuar a cantar, a deixar que as palavras saiam da ponta dos meus dedos enquanto escrevo… e, sorte , não é em falsete!
Será que algum dia vais saber quem sou? Que te trago nos meus voos, que te levo sem medo de te perder, sem medo que caias, sem medo que procures uma nuvem para repousar…
Pronto, fica assim… vou levantar agora e voar. Vens comigo…



(Para ler...ouvindo)

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