segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Tempo


Tempo…
Invisível esse tempo quando gostamos.
De repente, o tempo deixa de ser tempo, deixa de ser hora, de ser sol, de ser tempo. Deixa de ser, apenas.
Na tua mão, não te conseguirás esquecer de mim.
Quero acreditar, como te lembrarás de um refrão que fica no ouvido… que me lembras. Que me vives, ainda.
Troca, dirias. Como se estivesses a ver teatro, do bom, comigo. Como se fosse num muro escondido, num livro lá longe em que nos lêem… como se o verde à volta fosse mar, fosse praia, fosse nosso.
“Oh Sara, anda para dentro que se faz tarde, agora que continuas ao frio, distante de mim”, disse-o...mas tu deixaste de me ouvir. Escondeste lá longe, onde ainda te vejo, carpindo a mágoa de me aquecer sozinho na fogueira.
E eu sempre ouço a música com batida brasileira, devagar devagarinho como diria o Martinho da Vila, batida suave, rosto descrito nas palavras dela, a cantora, que deixa um “zumbido” de saudade, de solidão.
Olhaste para mim com vergonha, lembraste? Achei o frágil engraçado, mas agora é tempo de seres forte. Foste e não vens. Foste e permaneces. Foste, simplesmente.
Brindarei com chocolate a tua ida. Brindarei com doçura a tua permanência. Brinda também!

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